A rentabilidade das contas do FGTS em 2023 alcançará 7,78%, mais alta,
portanto, que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período, que
ficou em 4,62%. Caso não existisse a distribuição, a remuneração básica do
fundo (TR + 3%), que atingiu 4,96%, já seria suficiente para superar o IPCA de
2023.
Confira abaixo a rentabilidade desde 2016 após as distribuições de resultado já
realizadas.
Ano | Rentabilidade do FGTS |
|
2016 | 7,15% |
2017 | 5,59% |
2018 | 6,18% |
2019 | 4,90% |
2020 | 4,92% |
2021 | 5,83% |
2022 | 7,09% |
2023 | 7,78% |
Para garantir ganho real aos trabalhadores em todos os anos, mesmo em períodos de
pressão inflacionária, o STF estabeleceu, em 2024, que o CCFGTS deverá definir uma
forma de compensação financeira aos trabalhadores quando a remuneração básica das
contas do fundo não atingir o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Além de possibilitar a maior Distribuição de Resultado da história do FGTS, o maior
lucro em 58 anos ainda permitirá ao fundo a criação de uma reserva financeira que
poderá ser utilizada para remunerar o trabalhador nos próximos anos no patamar
determinado pelo STF.
Na prática, todos os anos, após a aprovação do resultado do FGTS pelo CCFGTS, e com
a definição do percentual do resultado que será distribuído aos trabalhadores,
será verificado se a remuneração TR + 3% + Distribuição de Resultados atinge
ao menos o IPCA do exercício. Em caso negativo, o CCFGTS determinará a forma
de compensação ao trabalhador.